Tenho uma moradia no segundo andar do meu pensamento/É lá que passo férias da minha vida/Por cada térrea intermitência de um qualquer inconcretizado plano/Que me faça querer abrigo do que sou/Aninhado no que julguei poder ser

E por hoje/Os meus verões vão-se alongando/Tal o meu desespero/Por sentir-me sem sentido