Gostava de ter a paciência das horas ouvidas pelo sino da igreja
Como quem se protela em carícias e dissimuladamente assim beija

Gostava de ter a insolência de quem na dor sequer lacrimeja
Ser tumulto que faz irromper o que sem manifesto se deseja

Gostava de ser a clemência do forte que nunca fraqueja
Ter franqueza na morte enquanto esta arrebatadamente me beija
Por ter tido a suprema indecência, de ter vivido além do que o anseio almeja