Já não sei o que vai pelo mundo
Nada deixou de ser permitido
E tantas vozes a calarem-no fundo
Mas outras em tonitruante desabrido
Tudo passou a ser certo
A beleza é feita do incorreto
O falso não se coalha da verdade
O postiço é quase todo ele realidade
Já não sei o que vai pelas pessoas
A ética,
É-lhes simples figura de estilo
A moral,
Raridade de gentes pouco boas
Os princípios,
Aos ingénuos, chorassem como o crocodilo
É tanto, tão demasiado,
Que, por vezes, já nem sei o que vai por mim
Refugio-me pois no anseio, imensamente ansiado
De que tudo isto não fosse nada assim
Nada deixou de ser permitido
E tantas vozes a calarem-no fundo
Mas outras em tonitruante desabrido
Tudo passou a ser certo
A beleza é feita do incorreto
O falso não se coalha da verdade
O postiço é quase todo ele realidade
Já não sei o que vai pelas pessoas
A ética,
É-lhes simples figura de estilo
A moral,
Raridade de gentes pouco boas
Os princípios,
Aos ingénuos, chorassem como o crocodilo
É tanto, tão demasiado,
Que, por vezes, já nem sei o que vai por mim
Refugio-me pois no anseio, imensamente ansiado
De que tudo isto não fosse nada assim