O meu cérebro é um tinteiro
Em permanente palavreio
Com a ante câmara do papel
Meu coração um mealheiro
Coletor, nunca de emoções cheio
De desejos submersos em poço de Babel
Deles, emergem de eu por inteiro
Respiros de escrita que tanto anseio
Não fosse, deveras, tão ricamente cruel
Mas mais valoroso que esse vil dinheiro
É de mim jamais sentir algum receio
De me escrever mesmo em texto de cordel
Umas vezes de mim relato alegre cara
Outras subjugo-me à tirania de má coroa
Mas, palavra, que nunca me deito à sorte
Sem sentir na face o curso de moeda boa
O meu cérebro o tinteiro
O coração seu mealheiro
Agradecem as notas que de mim troteio
Fazendo deles cavalo e fiel escudeiro
Em permanente palavreio
Com a ante câmara do papel
Meu coração um mealheiro
Coletor, nunca de emoções cheio
De desejos submersos em poço de Babel
Deles, emergem de eu por inteiro
Respiros de escrita que tanto anseio
Não fosse, deveras, tão ricamente cruel
Mas mais valoroso que esse vil dinheiro
É de mim jamais sentir algum receio
De me escrever mesmo em texto de cordel
Umas vezes de mim relato alegre cara
Outras subjugo-me à tirania de má coroa
Mas, palavra, que nunca me deito à sorte
Sem sentir na face o curso de moeda boa
O meu cérebro o tinteiro
O coração seu mealheiro
Agradecem as notas que de mim troteio
Fazendo deles cavalo e fiel escudeiro