Eu sonho pelo buraco das fechaduras e acordo em saguões de mais amplas janelas rasgadas.

Por umas e outras espreito, buscando nelas vistas para o jeito, que perdi, de te alcançar.

Ainda que sonhe pequeno, já só apenas tremo, pelo meu maior pesadelo ser um dia despertar e nele ter deixado sequer de isso sonhar.

E que em portas e janelas trancadas, de chaves perdidas em reposteiros de breu, somente entrem luzes desmaiadas desluzindo o que outrora deixaria de ser sentimento meu.