Não reconheço o dom da criação a deuses
Talvez apenas às pedras e à água
Sinto-lhes imerecida pena
Mas não lhes tenho mágoa
Tudo existe por razão absoluta de nada
Todos, apenas, sobrevivem
Querendo porém muito, alguns
Tanto saber porque vivem
Vivem porque tem de ser
Existindo, somente, para morrer
O que há além da raia deste pensamento?
Não vale a pena querer saber
Contudo, como o lamento
Mas o universo
Infinitamente perverso
Não se incomoda em nos dizer
Que nos temos em demasiada conta
Por pensarmos que haverá razão de ser
Expludo cada vez mais nesta convicção
De que não há nada à escuta de ninguém
E se ela se move e ele está em expansão
Tudo se deve à roda da aleatoriedade
Que nos força a existência sem além
Tese por qual invoco e desafio
Um qualquer candidato a deus
A desmentir esta minha triste verdade!
Talvez apenas às pedras e à água
Sinto-lhes imerecida pena
Mas não lhes tenho mágoa
Tudo existe por razão absoluta de nada
Todos, apenas, sobrevivem
Querendo porém muito, alguns
Tanto saber porque vivem
Vivem porque tem de ser
Existindo, somente, para morrer
O que há além da raia deste pensamento?
Não vale a pena querer saber
Contudo, como o lamento
Mas o universo
Infinitamente perverso
Não se incomoda em nos dizer
Que nos temos em demasiada conta
Por pensarmos que haverá razão de ser
Expludo cada vez mais nesta convicção
De que não há nada à escuta de ninguém
E se ela se move e ele está em expansão
Tudo se deve à roda da aleatoriedade
Que nos força a existência sem além
Tese por qual invoco e desafio
Um qualquer candidato a deus
A desmentir esta minha triste verdade!