Vivo de apagar memórias
Desisti de me construir
Esquecendo todas as histórias
Sem esperar nada novo surgir

Navego na barca da mortalidade
Rumo incerto, sem emergir
Carregado de atrofiada idade
Sou porto que não há de vir

Já não me guardo nem estimo
Aceitei tudo como perdido
Sou o pior número primo
Apenas por mim me divido