É tempo de tudo
De vícios e costumes
É tempo de fingir ser nada
Cozidos somos em brandos lumes
O fogo vai moderado
E o mexilhão segue salteado
Da rocha se desprende
E nunca mais aprende
Pobre bivalve
Apenas a si sem quem o salve
Pobre bicho preto
Escorraçado para um qualquer gueto
De vícios e costumes
É tempo de fingir ser nada
Cozidos somos em brandos lumes
O fogo vai moderado
E o mexilhão segue salteado
Da rocha se desprende
E nunca mais aprende
Pobre bivalve
Apenas a si sem quem o salve
Pobre bicho preto
Escorraçado para um qualquer gueto