"Reencontro"
Anseio encontrar-me contigo
Na esquina do tal café
Quarteirão de mundo contíguo
Que aloja os aromas da fé
Rebordo de ruas onde passa
Gente que, não querendo
Vai sendo o que não é
Pisam o chão que lhes desenlaça
Uma vida atilhada ao pé
Noto nos olhos que vão passando
A descrença do não ir sendo
E por ti, sempre esperando
De vez, e em quando
Acho-me enlouquecendo
As ruas de mim estão repletas
Nada ou mais ninguém passa
A espera e a busca,
Obsoletas,
Riem-se, mas sem achar graça
Não era eu que esperava
E afinal não era eu que ansiava
Pois antes eu por ti passava
O encontro já tinha acontecido
E o café, com pouco aroma
Já há muito havia sido bebido
Mas haverá um novo encontro
Terá é de ser noutra esquina
A da fé do reencontro
Eu diferente menino
E tu renovada menina
Sendo o que fomos e seremos
Sem traje ou pele travestida
E se assim o quisermos e soubermos
Encontrados em nós viveremos
Até ao último quarteirão da vida
Na esquina do tal café
Quarteirão de mundo contíguo
Que aloja os aromas da fé
Rebordo de ruas onde passa
Gente que, não querendo
Vai sendo o que não é
Pisam o chão que lhes desenlaça
Uma vida atilhada ao pé
Noto nos olhos que vão passando
A descrença do não ir sendo
E por ti, sempre esperando
De vez, e em quando
Acho-me enlouquecendo
As ruas de mim estão repletas
Nada ou mais ninguém passa
A espera e a busca,
Obsoletas,
Riem-se, mas sem achar graça
Não era eu que esperava
E afinal não era eu que ansiava
Pois antes eu por ti passava
O encontro já tinha acontecido
E o café, com pouco aroma
Já há muito havia sido bebido
Mas haverá um novo encontro
Terá é de ser noutra esquina
A da fé do reencontro
Eu diferente menino
E tu renovada menina
Sendo o que fomos e seremos
Sem traje ou pele travestida
E se assim o quisermos e soubermos
Encontrados em nós viveremos
Até ao último quarteirão da vida