"Papel e Almofada"
Estou a escrever de cabeça
As ideias vão jorrando
Textos articulam-se
Outros se perdem
O papel vai chamando
A perfeição amarra-me
O turbilhão de pensamentos
Não descansa a almofada
Afino o tom das palavras
Reformulo-lhes os sentidos
Regresso ao início
Reescrevo tudo de cor
Vou até ao fim
E o papel ansiando
E eu recusando
O sono é precioso
Sossega a mente
Luta contra o tirano
As palavras não param
Acordam-me tudo
Volto a embalar na escrita
Em alegria de amanhecer
Começo a desistir
Quero perder o combate
Sei que não vou cair
Terei impulso de erguer
O vitorioso papel
Que me levou a sensatez
Oh, troféu de saborosa derrota!
Perco hoje
Em total esperança
De ter forças
Para perecer
Noutras batalhas
Em todas elas
Entre o mim que pensa
E o eu que escreve
Empunho estandarte do sono
Tomado pelas palavras
No clarim da alvorada
Mergulho-me no ringue
Em paz comigo e com o papel
Onde já adormeceu a almofada
As ideias vão jorrando
Textos articulam-se
Outros se perdem
O papel vai chamando
A perfeição amarra-me
O turbilhão de pensamentos
Não descansa a almofada
Afino o tom das palavras
Reformulo-lhes os sentidos
Regresso ao início
Reescrevo tudo de cor
Vou até ao fim
E o papel ansiando
E eu recusando
O sono é precioso
Sossega a mente
Luta contra o tirano
As palavras não param
Acordam-me tudo
Volto a embalar na escrita
Em alegria de amanhecer
Começo a desistir
Quero perder o combate
Sei que não vou cair
Terei impulso de erguer
O vitorioso papel
Que me levou a sensatez
Oh, troféu de saborosa derrota!
Perco hoje
Em total esperança
De ter forças
Para perecer
Noutras batalhas
Em todas elas
Entre o mim que pensa
E o eu que escreve
Empunho estandarte do sono
Tomado pelas palavras
No clarim da alvorada
Mergulho-me no ringue
Em paz comigo e com o papel
Onde já adormeceu a almofada