"Entre A Ponta E O Cabo"

Aceita que nada é pleno perfeito
Tudo nunca, assim
Te parecerá ao invés tão mal feito

Sem lâmina de rigor impiedoso
Deixa a vida desembainhar-te
O prazer de ir segurando o cabo
Firme e não demasiado ocioso

Brande o gume por tuas demandas
Com sabedoria, não aceites o injusto
Mas vai esgrimindo com o jeito
De não ir cortando noutros
O que em ti te feriria o peito

Serás, assim
Tão bem dito e feito
Como todo o perfeito será
Sempre, um plano imperfeito