"A Dois"
Sei o que faço
Não serei o que fiz
Sei o que quero
Julgando que o quis
Tenho o que preciso
Mas urge-me mais
Sou firme e indeciso
Às vezes de nenhum sou
Outras em ambos moro
É gente a menos por demais
Julgo-me em causas mortas
Condeno-me sem pena
Fecho-me entre portas
Todas se abrindo em rua
De beco de alma pequena
Mas sei por onde vou
O caminho é em frente
Perdendo-me sempre depois
No meio de única gente
Por um de mim não saber
Do outro que me faz dois
Tento pô-los à conversa
Mas se se desconhecem
Um do outro se desinteressam
Viram costa e frente, adormecem
E dormem, mas não se esquecem
Não serei o que fiz
Sei o que quero
Julgando que o quis
Tenho o que preciso
Mas urge-me mais
Sou firme e indeciso
Às vezes de nenhum sou
Outras em ambos moro
É gente a menos por demais
Julgo-me em causas mortas
Condeno-me sem pena
Fecho-me entre portas
Todas se abrindo em rua
De beco de alma pequena
Mas sei por onde vou
O caminho é em frente
Perdendo-me sempre depois
No meio de única gente
Por um de mim não saber
Do outro que me faz dois
Tento pô-los à conversa
Mas se se desconhecem
Um do outro se desinteressam
Viram costa e frente, adormecem
E dormem, mas não se esquecem