"Ego"

Gente sempre apenas um pedaço de si mesma
Guardando o demais ao destino de farrapo velho
Ainda que lhes ofereçam novas e belas vestes
Não param enquanto não as retorcem e encardem
Para que se lhes sirvam ao feitio da sua génese
O de não saber trazer no corpo outro sentimento
Senão um rol de insatisfações lamuriento
Despidos da importância de suas realizações
São gente nua do sentido e do caminho
Gente que acabará num canto, frio, triste e sozinho