"Ressabiamento Do Carácter Estrabicamente Umbilical"
Por muito tempo, mesmo todo o tempo que reste, que diste de eventos que elas próprias foram gerando, por soberba de carácter impositivo, que é tão só imagem da falta dele, de ausência de solidariedade, da frigidez de sentimentos, e doutras partes também físicas, e, bem ainda também, especialmente também, de visão unicamente direccionada para buraco situado no meio de suas barrigas, há pessoas que não se desprendem, tendo prazer em provocar e desejar mal a outros que bem estão, porque delas se libertaram, felizmente se libertaram, a tempo de serem bem aquilo que as não deixavam. Estes eventos potenciam sentimentos contidos, mas sempre havidos presentes, e transformam a vida dessas pessoas em triste, tão penosa missão, de tentar fazer regressar os que nas suas mãos sofreram, julgados por dominados, controlados e garantidos, para qualquer buraco, não o de suas barrigas, porque nesse nada mais cabe senão seu ego, mas ao fim e ao cabo para aquele que elas próprias cavaram, e vão cavando, para suas vidas, onde impera a amargura ressabiada de quem nunca será feliz, pois a si apenas se vêem e mais nada, mesmo mais nada, nem os que do buraco abaixo de tal buraco de si brotaram. Essa missão transforma-se em motivação de vida, tão pobre missão, onde o rancor de quem não sabe sequer mostrar dor, apesar de a ter, pois para tal é preciso saber sentir e mostrar amor, se despeja todos os dias no libertado, se com ele houver falado, que doutros buracos saiu elevado. A elevação do libertado é permanente agachamento do ressabiado, pois o libertado, abnegado, vai cumprindo sua missão, tão díspar, tão mais feliz do que a do ressabiado, pois não dedica para seu buraco, tão antes pelo contrário, a orientação única de seu nariz. Quando o ressabiado troca palavras com o libertado, o dilema deste é ser sempre confrontado com juízo branco do que diz preto, e preto do que diz branco, porque o ressabiado é fraco ser de sentimento manco. Mas o libertado está sereno, por se ter serenado, e sua vida ter elevado à condição que o ressabiado almejou, mas jamais lhe será proporcionado, pois seu sentir é pobremente desgraçado, mirrando, o que houver ainda por mirrar, em cada dia no buraco por si cavado. O ressabiado não se omite de utilizar todos os meios, mesmo os que vieram do buraco abaixo do buraco por si apenas mirado e deveriam ser poupados de seus laivos ressabiados. Mas não há meio do ressabiado penetrar no libertado, pois este serenamente vai desprezando, despreocupado, o fel do rancor do ressabiado, mesmo se insultado, já que se preocupa realmente, essencialmente, com aqueles que depositou no buraco abaixo do buraco para o qual vai mirando exclusivamente o ressabiado. O libertado despreza de forma tranquila, sem que tal o perturbe ou incomode, seguindo em curso de desprezo nobre, pois a alma do libertado, mesmo que se tentativamente espoliado de riquezas, não é pobre, e a do ressabiado, ainda que repleta da ânsia de materialidade, continuará, em miopia estrábica de único buraco olhado, a querer trocar aparentes riquezas que nunca substituirão o que em si é, sempre será, pobre de verdade. E o libertado, sereno, por si mesmo serenado, não desistirá de enfrentar o ressabiado, em linha de desprezo não desprezado, pois sua alma é, sempre foi e será, tão mais, imensamente mais, do que a do ressabiado, nobre, que mesmo repleta de riquezas será sempre, apenas, tão tristemente pobre. E, por mais que diga ou faça o libertado, não haverá meio, infelizmente, que o ressabiado para a vida sentimental acorde, pois seus sentimentos são exclusivamente orientados para as moedas que ferozmente querendo junto de si, todas para si, seguras de serem de ouro verdadeiro, morde.