"Inúmeras Virtudes Vitais"

Ditas como sete as faltas dos tão imperfeitos
Aninhadas em gavetas sem fundo e fechadura
O pecado das desvirtudes omisso entre os eleitos
Sujeitará os faltosos ao brando lume de assadura

O da ausência de carácter alinha em primeiro
Os que dobram o esqueleto pelo interesse
Os não solidários, mesmo repletos de dinheiro
Marcham em ritmo intenso na fila que aquece

Honestidade posta quase sempre à margem
Enfurece o rufar de demos tambores
Paraíso sequer vislumbrado em rios de miragem
Pela deslealdade infiel a amizades e amores

A temperatura atinge o auge na fornalha
Para os que trilham sem paz e compaixão
Sem descanso em cinzas de pote ou sem mortalha
Ardem os que não sentiram amor em eterna combustão